Observatório das Metrópoles Divulga Boletim sobre Desigualdade nas Metrópoles
Fonte: Site do Observatório das Metrópoles
Em sua 719ª edição semanal, o Observatório das Metrópoles apresenta também a sexta edição do “Boletim Desigualdade nas Metrópoles” em conjunto com a Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS) e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).
Em suma, o estudo analisou o impacto da pandemia no rendimento domiciliar per capita do trabalho entre as principais regiões metropolitanas do país e constatou uma recuperação na renda média dos 40% mais pobres, ao passo que os 10% mais ricos apresentaram uma redução real nos níveis de receita. Apesar disso, o estudo explicita que, mesmo com o avanço dos índices, as perdas sofridas entre os mais pobres ainda são proporcionalmente maiores do que as sofridas pelos mais ricos. Segundo o professor Marcelo Ribeiro (IPPUR/UFRJ), na ausência de um processo de recuperação econômica para dinamizar o mercado de trabalho, há uma tendência de estagnação ou mesmo aumento nos patamares de desigualdade, principalmente por efeito da inflação.
Além disso, a edição disponibiliza na íntegra acesso às tabelas e gráficos produzidos pelo estudo, comprovando ainda que os domicílios mais afetados pela crise foram aqueles chefiados por mulheres, com média de renda 1,60 vezes inferior à média das famílias chefiadas por homens, proporção que atingia 1,47 antes da pandemia.
Por fim, o boletim registra as projeções e cenários para 2022 a partir da análise dos dados, que demonstraram o pior valor de toda a série histórica em termos de renda média. Segundo André Salata (PUCRS), “O cenário provável é a renda média caindo, porque os mais ricos estão perdendo, mas a desigualdade também cai por conta da distância entre eles, porque os mais pobres subiram a renda”, concluindo que não há grandes perspectivas que 2022 seja um ano de crescimento.
Para mais informações, confira a publicação no site do Observatório das Metrópoles.