Quarto Encontro da 2a Edição do Curso de Formação de Agentes Sociais na RMBH

30/09/2023

ENCONTRO 4 – 30/09/23
Tema: Transição ecológica, risco socioambiental e gestão do lixo urbano.
– Material de ref.: Capítulo 11 do livro Reforma Urbana e Direito à Cidade. Título: Risco e vulnerabilidade ambiental na RMBH
– Mídias / Refs. Complementares:
Documentário: O Lixo Nosso de Cada Dia
– Material de apresentação utilizado no dia:
1. Apresentação Elisa
2. Lixo Zero

O quarto dia de encontro foi dedicado ao tema “Transição ecológica, risco socioambiental e gestão do lixo urbano”. Ele foi sediado na sede da Pastoral Metropolitana dos Sem Casa, também conhecida como Núcleo CEPROVM, localizada no bairro Vila Mariquinhas, na região norte de Belo Horizonte.

Um dos facilitadores do dia foi o cursista Júlio Fessô, uma destacada liderança comunitária do Morro do Papagaio, comunidade localizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Júlio compartilhou sua experiência na coordenação de projetos socioambientais na comunidade, dentre eles o “Recicla Kids na Quebrada”, que tem como principal objetivo educar as crianças do Morro do Papagaio a respeito da gestão do resíduo sólido.

Na sequência, Carlos Silva, o presidente da Pastoral Metropolitana dos Sem Casa, compartilhou um pouco de sua trajetória e sua contínua luta por moradia, além de proporcionar aos presentes uma perspectiva sobre a história do bairro Vila Mariquinhas. Nos relatos são apresentados alguns protagonistas dessa trajetória, como o Padre Pigi, um dos expoentes da luta por habitação em Belo Horizonte.

Posteriormente, Eliza Marques, formada pela EAU UFMG e mestre por essa mesma instituição, compartilhou achados de suas pesquisas mais recentes sobre as relações de dominação que o homem estabeleceu com a natureza e a maneira como isso se tornou parte de um projeto de modernidade. Com foco em Belo Horizonte, ela abordou o tamponamento dos corpos hídricos da cidade e o apagamento dessa paisagem em detrimento da implantação e ampliação de sistemas viários para deslocamentos.


Gelson conduziu a última apresentação da manhã. Ele relatou a experiência do MCP no Maranhão e da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Imperatriz (ASCAMARI), composta por mais de 100 membros capazes de reciclar de 50 a 60 toneladas de material por ano.


Após o almoço, já na parte da tarde, os presentes foram convidados a um passeio pelos arredores da sede, momento em que Carlos discutiu um pouco sobre a situação socioeconômica do bairro Vila Mariquinhas e as formas como a pastoral auxilia as pessoas em situações de vulnerabilidade na comunidade.


Por fim, na última atividade do dia, todos se reuniram na sede da pastoral para uma oficina de origamis ministrada por Elza Russo, participante da primeira edição do curso de formação. Foi sorteado também jogo educativo, feito de materiais reciclados, doado pela empresa parceira Vina.