Terceiro Encontro da 2a Edição do Curso de Formação de Agentes Sociais na RMBH

16/09/2023

ENCONTRO 3 – 16/09/23
Tema: Segurança alimentar, produção urbana de alimentos e agroecologia.
– Material de ref.: Artigo: Agroecologia na periferia, os quintais onde um novo urbano é cultivado – Vivian Tofanelli
– Mídias / Refs. Complementares:
Vídeo: Agroecologia na Periferia – Uma comunidade unida e produtiva
– Material de apresentação utilizado no dia:
1. Apresentação Thiago
2. Apresentação Alexandra

No período da manhã do terceiro dia de encontro foram realizadas duas exposições na EM Presidente Itamar Franco. Na primeira, Alexandra Assis (MLB) falou sobre a horta agroecológica que administra na ocupação Paulo Freire. Em seguida, professor titular da Escola de Arquitetura da UFMG, Thiago Canettieri, abordou sobre geração de renda e trabalho através da agricultura urbana na periferia das grandes cidades.

 
Alexandra iniciou sua exposição comentando sua relação pessoal com a natureza e sua história na ocupação. Ela, que hoje é considerada uma agente agroecológica, empreendeu durante a pandemia de Covid-19, de maneira autônoma, uma horta em um terreno residual na ocupação, que antes era utilizado como ponto de bota fora. Além da limpeza do terreno, Alexandra adubou, semeou e hoje colhe uma grande variedade de hortaliças orgânicas para venda em feiras como as da UFMG. Nas discussões foi salientado que o apoio institucional é de grande importância para a permanência dos agricultores urbanos na atividade e a ampliação da prática, contudo, torna-se urgente o engajamento popular nas iniciativas.

 
Na sequência, o professor Thiago comentou sobre sua experiência na ocupação Tomás Balduino, onde uma rede agroecológica demonstrou ser forma de geração de renda circular e solidária, criando postos que ofereçam perspectivas de permanência no trabalho.

 
Após o almoço, algumas áreas públicas da ocupação Paulo Freire foram visitadas. Em seguida, foram feitas atividades de plantio e distribuição de mudas para todos os cursistas na horta da Alexandra, onde nota-se o esforço e empenho dela para encontrar as melhores formas de plantar e de fecundar a terra. Trata-se de um terreno muito acidentado, em uma área limitada, antes utilizada como lixão. Hoje, uma horta altamente produtiva, adubada com os compostos orgânicos tratados pela própria agricultora. Para Alexandra, “isso é o direito à cidade (…) Por quê para plantar tem que ser só no campo?”.